EFEMERIDADES
Nessa manhã de domingo de páscoa em que me pego mexendo em algumas gavetas, subitamente sou surpreendido por uma bela foto de minha filha mais velha quando tinha apenas 1 ano de vida. Observo aquela bebezinha linda, de olhos arregalados e expressão tristonha no olhar, enquanto me questiono. onde estará agora aquele anjo? A resposta mais óbvia, é que certamente cresceu, e hoje desfila com seus 22 anos pela vida! Mas...não gosto de obviedades! Ainda me lembro do toque, do cheiro, do chôro, dos risos das minhas filhinhas desaparecidos nas cortinas do tempo. O tempo transformou-as, é certo. Mas nem mesmo elas possuem essas memórias. Não possuem mais aquela estatura, aquela aparência, e por certo, aquela consciência. Aquela menininha da foto, infelizmente, não existe mais. Assim como ela e a irmã, eu, ou qualquer outro ser vivo, passamos a ser outro ser...e depois outro...e depois outro, deixando para trás os despojos orgânicos, celulares, atômicos de cada partícula de nossa co