Faz um tempão que não entro mais aqui, na verdade, uns 7 anos.
Então, me lembrei de um lugar onde posso colocar minha teoria sobre como construíram as Pirâmides do Egito antigo.
Depois de ver um monte de teorias que passam até por ajudas alienígenas, eu tenho a minha que é a única mais provável e não tão misteriosa assim, e que passa por todas as tecnologias existentes à época e que, provavelmente foram usadas.
Começamos com os materiais disponíveis usados como areia, pedra calcária, granito, argila, madeira, e fibras para cordames, tudo o que os egípcios tinham de sobra.
Vamos começar pela tarefa de transportar as pedras que foram usadas em maiores quantidades e que tinham dimensões variadas como 1 m2 e pesavam em torno de 2 toneladas.
Todos sempre disseram que a melhor solução para esse transporte das pedreiras próximas a cerca de 1 km a 800 mts da base de construção, que eram puxadas por trenós e assim que chegassem na pirâmide, eram arrastadas por uma imensa e colossal rampa de acesso. Quanta estupidez. Só uma obra como essa rampa, seria algo muito mais colossal do que a própria pirâmide em si, e ainda teriam duas tarefas monstruosas, a de montar e depois de desmontar e limpar tudo.
Minha teoria é bem mais simples e funcional. Eles não puxavam e arrastavam com um monte de homens mas sim, usavam um sistema de empuxo com contrapesos.
Após a pedra ser depositada sobre o trenó, esse feito de madeira resistente e com a superfície inferior completamente lisa, era colocado sobre uma calçada feita com placas de argila no Nilo. Essas placas, tinham uma argila natural, mais arenosa e firme, em sua base e mais na superfície, era com menos areia para se tornar mais pastosa e provocar menos atrito com o fundo do trenó.
Conforme o trenó avançasse, alguns iriam à frente umedecendo, enquanto um grupo atrás viria remontando a superfície acrescentando mais pó dessa argila purificada para o próximo trenó.
A puxada desse trenó viria de duas torres mais à frente, em torno de uns 20 mts de distância e funcionavam da seguinte forma.
A torre principal que ficava a uma distância maior, seria a torre alta e bem reforçada. Ela teria por volta de uns 10 mts de altura onde ficaria encaixada um pequeno segmento de pedra de granito de formato cilîndrico com extremidades quadradas que seriam encaixadas nos nichos também quadrados de cada lado, dentro da madeira da estrutura da torre. A parte cilìndrica, seria bem polida e ligeiramente estreitada para dentro a fim de manter uma corda sempre centralizada.
Logo abaixo dessa torre, bem na direção desse cilindro, seria cavado um fosso também de uns 10 mts de profundidade. Então, teríamos a altura mais a profundidade somando uns 20 mts de extensão que deveria ser o deslocamento do trenó nessa sessão.
Ao prender um elevador do contrapeso no alto da torre a corda subiria, passaria pela pedra de granito polida e encerada desviando para o lado num àngulo aproximado de uns 30 graus para encaminhar para a segunda torre que ficaria mais próxima da direção do trenó, essa seria a mesma coisa, só que com apenas uma função, a de mudar a direção do empuxo, de inclinada para horizontal, portanto, a corda passaria por baixo da pedra cilíndrica, e seguiria em linha reta e quase horizontal até ser amarrada ao trenó.
Essas duas pedras de granito polido cilíndrico e encerado, seriam como polias por onde as cordas também enceradas deveriam deslizar.
Ao ser tudo preparado, o comando era dado e por isso a distância média curta de uns 20 mts seria mais fácil, e alguns homens trabalhadores ficavam a postos numa base no alto da torre maior e iriam entrando no elevador. Cada qual, vestindo um peso extra que poderia ser dois sacos de areia, um nas costas e outro na frente sustentados por outra corda que teria uns 20 mts de comprimento também.
Conforme os trabalhadores embarcam no elevador, eles próprios são o contrapeso, até que finalmente o elevador começa a descer, e nesse instante param de embarcar, pois o peso deles já nivelou com a força de empuxo do trenó que teria apenas que vencer o atrito. Trabalhadores atrás do trenó, iriam começar a empurrar esse com algo como um grande "T" de madeira que seria travado na traseira do trenó como as tais tramelas de portas. Esse pequeno esforço é necessário para ter um controle mais seguro da velocidade de avanço sem risco do elevador despencar muito rápido.
Conforme o elevador vai descendo, a corda vai puxando o trenó num trabalho de equipe até que esse chegue a um ponto próximo da torre menor, mas não muito perto para que o trenó não comece a se inclinar para cima, afinal, a pedra polida e encerada está num ponto mais alto e poderia começar a içar o trenó. Nesse ponto o elevador já chegou ao fundo do fosso e os que embarcaram agora desembarcam para subir as escadas laterais. Os pesos de areia que vestiam, já são puxados para cima pelos próximos que irão vestir para poderem ser os próximos a descer, enquanto os outros sobem para se reposicionarem estando mais leves agora.
Os trabalhadores da próxima torre já trouxeram a corda para amarrar no trenó e enquanto isso, outros trabalhadores colocam uma laje de pedra pra selar o fosso e colocam algumas placas de argila por cima, pois o trenó deverá passar por ali já que, ele tem que seguir sempre por baixo das torres.
Quando tudo está pronto, é dado o sinal para os que estão na próxima sessão de torres que irão fazer o mesmo trabalho, e o trenó será puxado passando por baixo das torres e por cima da entrada do fosso, e , assim, que ele passa, as placas de argila são removidas, a laje, e a abertura está pronta para outros trabalhadores embarcarem no elevador acima assim, que o próximo trenó estiver engatado.
Como podem ver, é um trabalho rápido e em seções curtas, sendo que , pela distância da pedreira de calcário até a base da pirâmide, seriam necessárias umas 50 sessões como essa. Nada de monstruosos deslizes com multidões puxando, apenas o aproveitamento da mecânica do contrapeso.
Quando finalmente chegasse à base da pirâmide, então, começariam os trabalhos de içamento, mas sem a necessidade das famosas rampas gigantescas, apenas pequenas rampas de uns 45 graus sendo colocadas de forma que neutralizassem os degraus conforme também fizeram com as pedras polidas que usaram no final como revestimento da pirâmide.
Para erguer o trenó seria preciso uma corda bem longa, que subiria até uma pequena torre de apoio e passaria para outra um pouco mais alta e desceria para o outro lado oposto da pirâmide passando também por outra pequena torre e descendo até onde estaria um outro trenó de contrapesos, pronto a ser enchido e descido só que, ao invés do elevador que desce verticalmente, esse já desceria da mesma forma que o que vai subir, através de uma rampa que teria que ir abaixo da linha de base da pirâmide para extender um pouco e permitir que o que leva a pedra possa subir o suficiente para ficar com metade de seu corpo apoiado na quina do degrau, e , nesse ponto, ele é descido suavemente para se apoiar no piso desejado. e o trabalho de içamento fica concluído, restando agora, reduzir o tamanho da corda para usar o mesmo sistema de puxar o trenó até onde o bloco deverá ser assentado.
Esse trabalho vai se repetindo andar por andar, conforme a pirâmide vai crescendo, novas rampas são colocadas para servirem de caminho para os trenós subsequentes.
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