O LIMITE DA FIDELIDADE É O FANATISMO
Após um breve período ausente, período esse em que me voltei a outros assuntos mais, como diria, espiritualizados, contemplativos, em que também busquei uma compreensão mais analítica das coisas e dos fatos, acho que posso então voltar aos poucos a escrever alguma coisa. Sei que ninguém lê, mas já me basta desabafar um pouco nesse meu espaço. É até terapêutico!
Observei durante esse tempo, a forma como algumas pessoas conseguem abraçar de tal forma uma ideologia, mesmo que essa ideologia já não seja mais nem sombra da original.
Mas é um direito de todos, mudar de opinião, de idéias, de concepções, etc! Entretanto, me causa um profundo espanto em saber que pessoas às quais eu nutria um profundo respeito e admiração, hoje se entregam graciosamente e sem qualquer contestação à rumos eu diria até impensáveis em tempos tão pouco passados.
Não é fidelidade isso, na minha opinião, já passa a ser puro fanatismo. Pode ser perfeitamente explicado quando o assunto é futebol ou religião, mas não quando se trata de política. Esse assunto é sério e interfere em nossas vidas mais do que podemos imaginar. Nossos valores são postos em julgamento assim como são julgados os atos daqueles que se escondem covardemente atrás de respeitáveis muros criados para "proteger os covardes".
Seria tão cômodo me aliar a "Publio Terêncio" em sua famosa frase sobre ser humano e portanto nada lhe ser estranho pressupondo que tudo partiria dessa tal "humanidade".
Mas não sou assim.!
Eu ainda me espanto, ainda me escandalizo com atitudes de pessoas que se aproveitam da anestesia coletiva para impor seus absurdos. Suas incoerências inexplicáveis só podem se respaldar na prática do fanatismo cego ou de bolsos largos!
Terêncio também disse que, "a esperança é a última que morre"... eu completo....mas ela também é mortal!
Do jeito dele, condicionou a morte da esperança no último lugar, porém, não negou sua mortalidade.
Parece que fui criado a pensar de uma forma diferente, a agir de acordo com outros princípios. Tenho imensa dificuldade em seguir modelos, apreciar métodos, me orientar por conceitos que não exemplifiquem alguma lógica racional. Sei que existem racionalidades. Entendo que essa racionalidade atende sempre aos interesses daqueles que às arquitetam , mesmo quando a desculpa sempre venha a ser de amparo ao coletivo.
O coletivo nunca, jamais é amparado em nada. O coletivo, ou propriamente o povo, é só uma desculpa esfarrapada e nada mais. Assim como a eterna seca nordestina serve de trampolim aos coronéis do vampirismo (antigamente eram condes), o povo fica onde deve ficar. Com suas jugulares expostas à sanha daqueles malditos sangue-sugas abastados e enfurnados em seus palácios (outrora castelos).
O problema com os vampiros, é que eles "contaminam". Suas hostes crescem na medida em que mais e mais "fieis" se lhes oferecem em sacrifício. Chamam a isso de militância. Perdem completamente seus ideais próprios em função de atender aos dos seus senhores que consideram "deuses" embora isso lhes seja de concepção própria e devidamente induzida.
Fazer parte de um bando, de uma alcateia, talvez lhes inspire os egos, provavelmente lhes fortaleçam o ímpeto da reprodução contagiosa. A humanidade já sacrificou bilhões assim. Mas os coches continuam seguindo rumo aos castelos levando pobres almas vendidas em seus instintos mais primitivos. Seguem convencidos pelas promessas do rompimento de seus grilhões, só que ao invés disso, serão suas gargantas cortadas para servir de antepasto às orgias de seus senhores.
(...)
Tenho acompanhado o por do sol nesses dias. No inverno eles são os mais bonitos. Tenho esse privilégio do alto de um morro. Me reservo esse momento e ninguém vem me incomodar nessa hora, já me conhecem.
O silêncio só é quebrado por alguns veículos que passam na estrada próxima. Algumas garças desfilam em formação cruzando o céu avermelhado. O vermelho que anuncia o esfriar da noite. O frio que precede a vinda do coche. O coche que virá para buscar mais uma alma...
...daquelas que tem etiqueta de preço...
...das mais baratas!!!
Observei durante esse tempo, a forma como algumas pessoas conseguem abraçar de tal forma uma ideologia, mesmo que essa ideologia já não seja mais nem sombra da original.
Mas é um direito de todos, mudar de opinião, de idéias, de concepções, etc! Entretanto, me causa um profundo espanto em saber que pessoas às quais eu nutria um profundo respeito e admiração, hoje se entregam graciosamente e sem qualquer contestação à rumos eu diria até impensáveis em tempos tão pouco passados.
Não é fidelidade isso, na minha opinião, já passa a ser puro fanatismo. Pode ser perfeitamente explicado quando o assunto é futebol ou religião, mas não quando se trata de política. Esse assunto é sério e interfere em nossas vidas mais do que podemos imaginar. Nossos valores são postos em julgamento assim como são julgados os atos daqueles que se escondem covardemente atrás de respeitáveis muros criados para "proteger os covardes".
Seria tão cômodo me aliar a "Publio Terêncio" em sua famosa frase sobre ser humano e portanto nada lhe ser estranho pressupondo que tudo partiria dessa tal "humanidade".
Mas não sou assim.!
Eu ainda me espanto, ainda me escandalizo com atitudes de pessoas que se aproveitam da anestesia coletiva para impor seus absurdos. Suas incoerências inexplicáveis só podem se respaldar na prática do fanatismo cego ou de bolsos largos!
Terêncio também disse que, "a esperança é a última que morre"... eu completo....mas ela também é mortal!
Do jeito dele, condicionou a morte da esperança no último lugar, porém, não negou sua mortalidade.
Parece que fui criado a pensar de uma forma diferente, a agir de acordo com outros princípios. Tenho imensa dificuldade em seguir modelos, apreciar métodos, me orientar por conceitos que não exemplifiquem alguma lógica racional. Sei que existem racionalidades. Entendo que essa racionalidade atende sempre aos interesses daqueles que às arquitetam , mesmo quando a desculpa sempre venha a ser de amparo ao coletivo.
O coletivo nunca, jamais é amparado em nada. O coletivo, ou propriamente o povo, é só uma desculpa esfarrapada e nada mais. Assim como a eterna seca nordestina serve de trampolim aos coronéis do vampirismo (antigamente eram condes), o povo fica onde deve ficar. Com suas jugulares expostas à sanha daqueles malditos sangue-sugas abastados e enfurnados em seus palácios (outrora castelos).
O problema com os vampiros, é que eles "contaminam". Suas hostes crescem na medida em que mais e mais "fieis" se lhes oferecem em sacrifício. Chamam a isso de militância. Perdem completamente seus ideais próprios em função de atender aos dos seus senhores que consideram "deuses" embora isso lhes seja de concepção própria e devidamente induzida.
Fazer parte de um bando, de uma alcateia, talvez lhes inspire os egos, provavelmente lhes fortaleçam o ímpeto da reprodução contagiosa. A humanidade já sacrificou bilhões assim. Mas os coches continuam seguindo rumo aos castelos levando pobres almas vendidas em seus instintos mais primitivos. Seguem convencidos pelas promessas do rompimento de seus grilhões, só que ao invés disso, serão suas gargantas cortadas para servir de antepasto às orgias de seus senhores.
(...)
Tenho acompanhado o por do sol nesses dias. No inverno eles são os mais bonitos. Tenho esse privilégio do alto de um morro. Me reservo esse momento e ninguém vem me incomodar nessa hora, já me conhecem.
O silêncio só é quebrado por alguns veículos que passam na estrada próxima. Algumas garças desfilam em formação cruzando o céu avermelhado. O vermelho que anuncia o esfriar da noite. O frio que precede a vinda do coche. O coche que virá para buscar mais uma alma...
...daquelas que tem etiqueta de preço...
...das mais baratas!!!
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