SER OU NÃO SER... UM FILHO DA PÁTRIA.

Existem certos assuntos polêmicos que não costumo julgar.  E faço isso, especialmente para não cair na famosa hipocrisia.  Todos nós temos defeitos, contradições, incoerências, enfim, ninguém é perfeito.   Somos todos pecadores e, diante disso, não podemos atirar as nossas pedras, é certo.

Isso posto, me vem a consciência de que não devo e nem posso, criticar ou julgar os outros.  É isso que procuro ou tento fazer,  embora sempre caia em tentação aqui ou ali.  Mas sempre busco ser justo em minhas criticas e, principalmente, jamais sonhar em cometer o que critico.

É comum assistirmos ou lermos sobre acidentes de trânsito em que os motoristas se encontravam alcoolizados, por exemplo.  Recebo com muita tristeza essas notícias e não me sinto com moral para condenar esses motoristas porque também já dirigi embriagado quando jovem e não foram poucas vezes.  Só me pergunto se aqueles que saem proferindo já as suas sentenças,  não fizeram isso ao menos uma vez!   Não estou justificando, mas apenas, expondo que me arrependo muito de muitas coisas erradas que já fiz.   Embora também leia aqui e ali que não podemos criticar nossos administradores públicos porque também somos corruptos, furamos filas, subornamos guardas de trânsito, etc...não concordo com isso.  Isso sim, já é apelação a qual se apegam os defensores de bandidos.  

Estou para conhecer alguém que nunca tenha sonegado imposto, mesmo aquele menorzinho.  Não somos santos, mas isso não é justificativa para fechar os olhos aos crimes monstruosos que se cometem nas administrações públicas.

Ontem, assisti uma matéria sobre médicos que atendem em um hospital de Guarulhos em São Paulo que simplesmente chegavam ao hospital, acionavam o ponto digital, pegavam seus carros e iam para suas clínicas particulares.  Findo o dia, retornavam ao hospital, e marcavam novamente o ponto.  Tudo filmado durante numa constância monótona durante dias pela reportagem do SBT.  Ao final da matéria,  o repórter vai conversar com os médicos que estão novamente chegando e marcando o ponto e interceptando-os já entrando em seus carros, para lhes inquirir sobre o que estavam fazendo.
Deu até pena dos médicos, não fosse isso, um ato que pode custar vidas.

Todos negaram obviamente, e até afrontaram o repórter dizendo-se vítimas de mentiras, mesmo quando ele disse que tinha tudo filmado.  Os seguranças do hospital chegaram e queriam retirar os profissionais da imprensa do local, mas esses não se intimidaram e chamaram a polícia.  Estavam em um local público.

Tudo isso me revoltou tanto quanto os tais políticos que são todos os dias desnudados pela imprensa que tanto odeiam.   Principalmente quando negam enfaticamente que cometeram os crimes.

Ontem, no entanto, Lula em seu discurso para sua platéia fechada e de estimação, representando o perseguido e injustiçado pelo simples fato de amar os pobres, entre uma cascata de lágrimas e outra, proferiu  um discurso em que se ouvia claramente o trecho que transcrevo abaixo.

...“Eu, de vez em quando, falo que as pessoas achincalham muito a política. Mas a profissão mais honesta é a do político. Sabe por quê? Porque todo ano, por mais ladrão que ele seja, ele tem que ir para a rua encarar o povo, e pedir voto. O concursado não. Se forma na universidade, faz um concurso e está com emprego garantido o resto da vida. O político não. Ele é chamado de ladrão, é chamado de filho da mãe, é chamado de filho do pai, é chamado de tudo, mas ele tá lá, encarando, pedindo outra vez o seu emprego”.


...bem, acho que nem preciso explicar mais nada!!!

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