VITÓRIAS E DERROTAS
O que aconteceu ontem foi, na minha opinião, e de alguns outros especialistas no assunto, uma vitória fantástica da competência em cima da malandragem. Acabou o tempo das firulas e os tais jogos-de-cintura, da malemolência e da exclusividade da sorte. Os alemães provaram que até no futebol, os vencedores são os que melhor se preparam. Demonstraram isso como nação que se recupera de tragédias históricas e agora também as leva para os esportes. Não me espantaria se os germânicos despontassem em pouco tempo como os líderes mundiais em todos os setores.
O time brasileiro vinha jogando como sempre jogou. Com malandragem, um pouco de técnica e sempre contando com o brilho da sorte, e mais algum mito futebolístico para lhe servir como guia. A imprensa lhes comendo nas mãos. Dia sim, o outro também tentando saber o que os jogadores faziam, comiam ou, quem sabe, até a textura de suas fezes.
O Brasil sempre foi muito mais do que uma pátria de chuteiras. Mas é sempre "esquecido" disso durante esses eventos. Dá-se o mesmo nas olimpíadas em que vemos atletas esforçados terem até que sustentar seus próprios custos e treinos em outras modalidades enquanto que nossas seleções de futebol recebem tratamentos diferenciados, quase monárquicos.
Também torci e também sofri ontem com a humilhante derrota por 7 a 1. E sei que caberiam ai mais uns 10 gols da Alemanha dada a fraqueza e despreparo do nosso time. Chegamos ao cúmulo de assistir um jogador alemão se desculpar pela goleada. Eles se prepararam para jogar futebol. Eles treinaram como profissionais, eles usaram técnica, destreza, o tal futebol alegre que sempre nos foi rotulado agora foi demonstrado pelos germânicos como uma lição a ser aprendida. Se queremos vencer como Nação, é assim que temos que agir. É dessa forma que se conquistam as grandes vitórias em todos os quesitos, seja no esporte, na política, ou na vida como um todo. Com profissionalismo, seriedade, humildade, honestidade e acima de tudo, treinamento de precisão. Praticamente todos os gols do primeiro tempo foram com toques perfeitos de primeira. Cada jogador dando apenas um toque preciso para o último balançar as redes. Isso foi fantástico. Não sou apaixonado por futebol, mas realmente tive que aplaudir a Alemanha.
Os "chororôs" dos jogadores ao final da partida também não me comoveram. Eles são milionários e vão voltar para seus clubes fora do Brasil para continuar a ganhar suas fortunas. O que me comoveu, foram as crianças levadas ao estádio e também aquelas outras Brasil afora se debulhando num sentimento de fracasso e desilusão. Essas crianças é que me comovem, pois são o futuro desse país.
Mas encontrar culpados agora não será o que nos fará melhorar nesse futuro. Não me interessa se foi o técnico Felipão, se foram os jogadores, se foi Dilma ou o PT, se foi o "Rolling Stone" que estava assistindo, ou a minha filha mais velha que não usou a camiseta amarela da sorte. Não precisamos de bodes-expiatórios nem de talismãs! Precisamos apenas tirar as chuteiras da Pátria e vestir a consciência de que somos seres humanos como quaisquer outros no mundo. Que temos limitações, que precisamos aprender, treinar, sermos sérios mais do que adeptos das malandragens que cavam pênaltis e faltas.
É hora de voltarmos nossas vistas para a real situação do nosso país que vai a cada dia perdendo mais colocações em todos os rankings do planeta ou alçando rankings negativos. Esse papo de "sou brasileiro com muito orgulho"... só nos trará sempre a vergonha desnecessária. Sou brasileiro e sou humano e é só.
Nossos potenciais estão e sempre estarão acima das chuteiras. Nossos potenciais são imensos...
...será que é tão difícil compreender isso????
O time brasileiro vinha jogando como sempre jogou. Com malandragem, um pouco de técnica e sempre contando com o brilho da sorte, e mais algum mito futebolístico para lhe servir como guia. A imprensa lhes comendo nas mãos. Dia sim, o outro também tentando saber o que os jogadores faziam, comiam ou, quem sabe, até a textura de suas fezes.
O Brasil sempre foi muito mais do que uma pátria de chuteiras. Mas é sempre "esquecido" disso durante esses eventos. Dá-se o mesmo nas olimpíadas em que vemos atletas esforçados terem até que sustentar seus próprios custos e treinos em outras modalidades enquanto que nossas seleções de futebol recebem tratamentos diferenciados, quase monárquicos.
Também torci e também sofri ontem com a humilhante derrota por 7 a 1. E sei que caberiam ai mais uns 10 gols da Alemanha dada a fraqueza e despreparo do nosso time. Chegamos ao cúmulo de assistir um jogador alemão se desculpar pela goleada. Eles se prepararam para jogar futebol. Eles treinaram como profissionais, eles usaram técnica, destreza, o tal futebol alegre que sempre nos foi rotulado agora foi demonstrado pelos germânicos como uma lição a ser aprendida. Se queremos vencer como Nação, é assim que temos que agir. É dessa forma que se conquistam as grandes vitórias em todos os quesitos, seja no esporte, na política, ou na vida como um todo. Com profissionalismo, seriedade, humildade, honestidade e acima de tudo, treinamento de precisão. Praticamente todos os gols do primeiro tempo foram com toques perfeitos de primeira. Cada jogador dando apenas um toque preciso para o último balançar as redes. Isso foi fantástico. Não sou apaixonado por futebol, mas realmente tive que aplaudir a Alemanha.
Os "chororôs" dos jogadores ao final da partida também não me comoveram. Eles são milionários e vão voltar para seus clubes fora do Brasil para continuar a ganhar suas fortunas. O que me comoveu, foram as crianças levadas ao estádio e também aquelas outras Brasil afora se debulhando num sentimento de fracasso e desilusão. Essas crianças é que me comovem, pois são o futuro desse país.
Mas encontrar culpados agora não será o que nos fará melhorar nesse futuro. Não me interessa se foi o técnico Felipão, se foram os jogadores, se foi Dilma ou o PT, se foi o "Rolling Stone" que estava assistindo, ou a minha filha mais velha que não usou a camiseta amarela da sorte. Não precisamos de bodes-expiatórios nem de talismãs! Precisamos apenas tirar as chuteiras da Pátria e vestir a consciência de que somos seres humanos como quaisquer outros no mundo. Que temos limitações, que precisamos aprender, treinar, sermos sérios mais do que adeptos das malandragens que cavam pênaltis e faltas.
É hora de voltarmos nossas vistas para a real situação do nosso país que vai a cada dia perdendo mais colocações em todos os rankings do planeta ou alçando rankings negativos. Esse papo de "sou brasileiro com muito orgulho"... só nos trará sempre a vergonha desnecessária. Sou brasileiro e sou humano e é só.
Nossos potenciais estão e sempre estarão acima das chuteiras. Nossos potenciais são imensos...
...será que é tão difícil compreender isso????
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