DELIVERY
Desde a antiguidade os seres buscam formas de se afastar, ou ao menos se isolar um pouco mais da natureza. Em nome do progresso e do bem estar, estamos literalmente nos "auto-envolucrando".
Passamos boa parte da vida em "caixas" de concreto, vidro, ou para alguns até de madeira.
Para nos transportarmos de uma à outra, utilizamos caixas metálicas, e envolvemos nossos corpos em invólucros de tecidos. Até o simples ato sexual hoje em dia, necessita ser protegido por invólucros sintéticos.
Isso nos faz sentir protegidos da natureza, e de nós mesmos. Acaba criando conceitos individualístas cada vez mais exacerbados.
Assim como toda embalagem necessita de seus respectívos rótulos, vamos criando os nossos de acordo com cada um. Rotulamos nossas caixas moradías, nossas caixas transportadoras, e até nossos invólucros corporais, assim como rotulamos nossos revestimentos de caráteres.
Pavimentamos um terreno para que possamos ter mais conforto em caminhar por ele, e no entanto, ainda "calçamos" objetos nos pés.
Recebemos nossos alimentos embalados, e isso se aplica também em nossos constantes conhecimentos, a aprendizado.
Nada contra. Apenas uma constatação até óbvia do caminhar da evolução.
No entanto, tudo isso parece se dirigir a um futuro muito sem graça. Sem vida, sem entusiasmo, sem alma. Se bem que até a alma está condicionada na embalagem física. Tudo em nome de um certo "status".
Aliás, uma definição bem interessante sobre o que quer dizer status.
...é quando voce gasta um dinheiro que voce não tem...
para comprar alguma coisa que voce não quer..
somente para agradar pessoas que voce não gosta, e mostrar tudo aquilo que voce NÃO É!
Não seríam mais felízes aqueles que conseguem...digamos! Se desencaixotar um pouco? Sempre dizendo que buscam as coisas mais naturais, menos artificiais, e portanto, na contra mão do que consideramos atualmente como "estado evolutívo"?
Essa não sería uma busca, e ao mesmo tempo uma incondicional negação da essência humana? Ou então, o conforto de se deixar levar pela suave correnteza?
Uma correnteza que arrasta milhões e milhões para clínicas psiquiátricas, ou Spas, ou hospitais, ou presídios?
Embora todos nós busquemos rótulos mais expressívos em nossas diversas maneiras de nos embalar sendo o objetívo sempre o de ter a melhor e mais bonita "embalagem" que o outro, isso com certeza caminha cada vez mais no sentido de "seleção" não natural, e de "condicionalmento" também não natural das diversas civilizações e suas simpatizantes.
Não sei! Acho que vou pensar melhor nisso quando deixar de escrever nessa caixinha, e sair dessa caixa de concreto para rodar pelas ruas na minha caixa metálica, e ir a algum clube, onde com certeza irei apreciar aquela maravilhosa e enorme "caixa de água" sem me esquecer é lógico de me "bezuntar" com aquelas "melecas" protetoras.
Em algum lugar no cosmos, alguém, ou alguma coisa, deve olhar e imaginar a beleza daquela pequena caixinha arredondada e azul perdida entre infindáveis outras semelhantes...
Talvez esse alguém seja eu, seja voce, sejamos nós...
...em outro tempo...em outra éra...em outro ser...
Passamos boa parte da vida em "caixas" de concreto, vidro, ou para alguns até de madeira.
Para nos transportarmos de uma à outra, utilizamos caixas metálicas, e envolvemos nossos corpos em invólucros de tecidos. Até o simples ato sexual hoje em dia, necessita ser protegido por invólucros sintéticos.
Isso nos faz sentir protegidos da natureza, e de nós mesmos. Acaba criando conceitos individualístas cada vez mais exacerbados.
Assim como toda embalagem necessita de seus respectívos rótulos, vamos criando os nossos de acordo com cada um. Rotulamos nossas caixas moradías, nossas caixas transportadoras, e até nossos invólucros corporais, assim como rotulamos nossos revestimentos de caráteres.
Pavimentamos um terreno para que possamos ter mais conforto em caminhar por ele, e no entanto, ainda "calçamos" objetos nos pés.
Recebemos nossos alimentos embalados, e isso se aplica também em nossos constantes conhecimentos, a aprendizado.
Nada contra. Apenas uma constatação até óbvia do caminhar da evolução.
No entanto, tudo isso parece se dirigir a um futuro muito sem graça. Sem vida, sem entusiasmo, sem alma. Se bem que até a alma está condicionada na embalagem física. Tudo em nome de um certo "status".
Aliás, uma definição bem interessante sobre o que quer dizer status.
...é quando voce gasta um dinheiro que voce não tem...
para comprar alguma coisa que voce não quer..
somente para agradar pessoas que voce não gosta, e mostrar tudo aquilo que voce NÃO É!
Não seríam mais felízes aqueles que conseguem...digamos! Se desencaixotar um pouco? Sempre dizendo que buscam as coisas mais naturais, menos artificiais, e portanto, na contra mão do que consideramos atualmente como "estado evolutívo"?
Essa não sería uma busca, e ao mesmo tempo uma incondicional negação da essência humana? Ou então, o conforto de se deixar levar pela suave correnteza?
Uma correnteza que arrasta milhões e milhões para clínicas psiquiátricas, ou Spas, ou hospitais, ou presídios?
Embora todos nós busquemos rótulos mais expressívos em nossas diversas maneiras de nos embalar sendo o objetívo sempre o de ter a melhor e mais bonita "embalagem" que o outro, isso com certeza caminha cada vez mais no sentido de "seleção" não natural, e de "condicionalmento" também não natural das diversas civilizações e suas simpatizantes.
Não sei! Acho que vou pensar melhor nisso quando deixar de escrever nessa caixinha, e sair dessa caixa de concreto para rodar pelas ruas na minha caixa metálica, e ir a algum clube, onde com certeza irei apreciar aquela maravilhosa e enorme "caixa de água" sem me esquecer é lógico de me "bezuntar" com aquelas "melecas" protetoras.
Em algum lugar no cosmos, alguém, ou alguma coisa, deve olhar e imaginar a beleza daquela pequena caixinha arredondada e azul perdida entre infindáveis outras semelhantes...
Talvez esse alguém seja eu, seja voce, sejamos nós...
...em outro tempo...em outra éra...em outro ser...
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