E SE EU FOSSE PRESIDENTE????

Estive matutando aqui sobre algo em relação ao nosso país.  Sempre faço como a maioria das pessoas, eu critico, é mais fácil mesmo.  Mas também faço muitas sugestões, embora não tenha conhecimento mínimo de como a coisa realmente funciona, dou lá os meus pitacos.

Mas a questão agora é, o que eu faria se, por acaso, fosse um Presidente da República?

Vou então, obviamente caminhar pela senda da simplicidade sabendo que as coisas não funcionam exatamente assim.  Existem muitos "interesses" no caminho, e muita safadeza que, embora causem extremo nojo, eu sei que devem ser desprezadas em nome de um interesse maior.  Só que, no meu caso,  o interesse maior não seria do meu suposto partido, não seria em referência aos meus amigos ou inimigos, não estaria em conluio com demandas que alimentassem algum sonho utópico de poder eterno.

Talvez desse certo, mas também poderia dar errado.  Enfim, conduzir um país pode ser bem complexo independentemente do seu gigantismo geográfico mas completamente dependente de sua anatomia politica e econômica.  Isso sim, é um complicador.

Portanto, vou expor aqui as minhas "utopias" para o Brasil deixar de ser o eterno ser deitado em berço esplêndido, ou o também eterno país do futuro.

                                                               O INÍCIO

Acabei de ser eleito, e procuro evitar comemorações exageradas, afinal, devo estar preparado para o pior que será daqui para frente, não desprezando os outros que foram vencidos nas urnas.
Para mim, comemorações só devem ser feitas à partir do final, e isso, se os resultados forem, ao menos próximos dos esperados.

Chamo o "pessoal"  e tenho uma conversa aberta.  Não fui eleito para ficar distribuindo cargos e comissões às  pessoas sem qualquer amparo técnico e conhecimentos sobre as áreas em que querem atuar, isso, já deixei bem claro durante a campanha.

Conseguindo me cercar de um corpo técnico, responsável, e, acima de tudo, o mais confiável possível, a primeira determinação, seria convocar uma reunião para comunicar que irei criar uma força tarefa com a função de "policiar"  o próprio partido,  Qualquer deslize deverá ser identificado e comunicado antes que possa causar danos irreparáveis na administração, e, consequentemente usado pela provável oposição.   Devo fazer alguns cortes nos custos da administração onde possam ser feitos para alimentar financeiramente essa questão, lembrando que isso se daria, obviamente dentro do partido e não da administração pública.

Em seguida, através do corpo técnico já montado, com diversos "experts" em suas funções, iríamos "planejar o Brasil".   E novamente, conforme os objetivos fossem sendo descortinados,  iniciaríamos os trabalhos junto ao Congresso para aprovar medidas que dessem suporte à essas mudanças.

Não sou comunista, nem capitalista, embora tenha pensamentos um tanto socialistas e outros tantos mais capitalistas, busco uma "junção", uma intersecção onde, alguns pontos interessantes, tanto de um, como outro polo dessas duas extremidades, possam se unir à uma base coerente de sustentação.
Deixando isso então mais claro, buscaria me cercar o máximo possível de pessoas com interesses mais verdadeiros dentro de um conceito de Nação e não somente próprios.  É difícil, eu sei, mas acredito que não seja impossível, ao menos em um todo!

Todos os critérios de nomeações terão necessariamente que passar por um crivo técnico extremamente exigente.

Feito isso, então já dá para se começar a trabalhar.

Eu compreendo que, um presidente, não é um ditador, eu sei que é preciso sempre e sempre "negociar" cada medida e cada ideia.  Mas existem nomes e personalidades até bem interessantes espalhadas pelos inúmeros partidos políticos.  Existem sim, bons homens e mulheres que não precisam estar necessariamente dentro das filiações partidárias.  Seriam esses então garimpados e buscados por um grupo determinado com essa função.   Sejam eles socialistas, capitalistas, enfim, o que importa é que pensem e ajam de acordo com suas crenças e sejam fiéis à elas de verdade.

                                                   PRIMEIRO PASSO

A primeira coisa, o primeiro pilar, a mais importante medida que deve ser semeada e cuidada nessa administração, será voltada integralmente e, em esforços concentrados para a EDUCAÇÃO , sendo principalmente, a educação básica!   Professores são como nossos segundos pais, a escola é a continuação e, muitas vezes , até o primeiro lar onde serão lapidados os pensamentos de nossas futuras gerações.  Negligenciar isso, é castrar qualquer possibilidade desse futuro existir ou, no mínimo, continuar mantendo nossa dependência de fatores externos.

Um professor não deve ter que cumprir jornadas extenuantes para poder viver.  Um professor ou professora, já é, por si só, um idealista, caso não fosse, buscaria outra função no mercado de trabalho.  Portanto, deve sim, ser muito bem remunerado.  Nosso futuro está nas mãos desses abnegados brasileiros que muitas vezes não dispõe de materiais, instalações, suporte, enfim, trabalham e trabalham muito,  simplesmente porque amam o que fazem.

Com esses profissionais valorizados, e com instalações decentes ao invés daquelas precariedades que vemos e sabemos existirem por todos os cantos do país, então podemos começar a realmente "educar" de verdade e começar enfim a ajudar a constituir os pequenos cérebros que irão trabalhar no futuro.
Isso, obviamente, também irá colaborar e muito para diminuir o preconceito, o racismo, e a intolerância que geralmente começam a ser moldadas no ser humano nessa fase inicial da vida.
A alfabetização  seria sempre acompanhada com mais atenção dessa forma.

                                                     SEGUNDO PASSO


Eu acredito que uma sociedade deva estar fundamentada em 3 pilares básicos, a educação, a saúde e a segurança.  Assim como o fogo depende também de 3 fatores para existir, o oxigênio, o combustível e o calor,  sendo que, a falta de qualquer um desses itens inviabiliza a sua existência.
Nós, infelizmente somos carentes "dos três"!!!!   Então, o segundo esforço de governo, seria na direção da saúde pública.  Sem essa de importar mão-de-obra estrangeira.  O que um médico precisa é de infraestrutura e de respeito.  Respeito no sentido de viabilizar  também os sonhos desse importante profissional.   Se tivermos um serviço público de saúde cada vez melhor, mais atencioso, mais respeitoso, com certeza teremos também no mesmo tanto, profissionais mais dispostos e atenciosos para mantê-lo sem a necessidade de constantes "gambiarras" e medidas paliativas a se manterem.   Basta para isso, um melhor direcionamento e intensa fiscalização das verbas já destinadas a esse fim e sabemos muito bem que funciona.  Todo e qualquer desvio de conduta administrativa nessa área, deve ser identificada e comunicada através de constantes investigações mantenedoras dessa ordem.  Dessa forma, a medicina voltará a ser um sacerdócio, assim como o magistério.
Da mesma forma que as escolas, os hospitais, postos de saúde, unidades de pronto atendimento, enfim, todas essas infraestruturas devem ser repensadas, re-analisadas e direcionadas dentro das verbas já destinas para esse fim, com pouca diferença de incrementação orçamentária.


                                                     TERCEIRO PASSO


Eu entendo que a educação de base citada acima é uma medida de resultado de longo prazo, e o gerenciamento de saúde, de curto e médio prazos.  Agora, temos então o fator mais complicador de todos atualmente.  A segurança pública.  Esse é um problema de curto, médio, e longo prazos.

Eu digo complicado porque deve envolver interesses enormes dentro da verdadeira fábrica de bandidos em que nossa sociedade se transformou.  Se algum indivíduo quando criança tem tendências criminais, com certeza irá se tornar um marginal quando adulto.  Isso é inegável, assim como é inegável que nosso sistema penal não reeduca, praticamente não recupera, enfim, NÃO FUNCIONA.
Por outro lado, temos no final do sistema uma elite de juízes, desembargadores e um exército de advogados quase sempre e com raríssimas e honrosas exceções, voltadas tão ou mais ao mundo do crime.   São profissionais que se prostituem, vendem sentenças, elaboram esquemas, enfim, verdadeiras quadrilhas voltadas a explorar o mundo  das mais terríveis misérias humanas...



... continua...














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