ENTRE ROMANOS E BRETÕES

O que é "barbárie", e o que é "civilizado"?
Entendemos como bárbaros, atitudes, pessoas, ou civilizações, voltadas para um regime de violência em que a predominância é sempre a do mais forte.
Mesmo em tais situações, havíam os que extrapolavam, e cometíam atrocidades que deixavam até alguns membros... digamos, menos bárbaros, perpléxos.
O que muitos devem entender, é que a constância de atos considerados selvagens, induz à sensação de "banalidade" desses atos.
Ora! Um soldado em início de campanha, deve assistir a certas cenas que lhe revíram o estômago, mas que com o passar do tempo, se tornam normais.
A indústria do entretenimento, com seus jogos, filmes, enfim, todo um aparato voltado a diversão violênta, alimenta essa banalização, que acaba ganhando estranhos adeptos cada vez em numero mais crescente.
A única coisa que pode manter algum tipo de contrôle nesses atos extremos cometídos, são as leis, e as penas imputadas àqueles que saíram do limíte considerado normal.
No entanto, quando assistímos alguns protagonístas escaparem ilesos desses dramas, alguns até com culpa comprovada, como do caso Pimenta Neves, isso certamente causa uma revolta, seguida de uma provável sensação de que também podemos ter a mesma sorte caso isso ocorra conosco.
Não é o caso de se proibír exibições de filmes do gênero como Hannibal, ou Jogos Mortais, que iremos mostrar que exíste sim, um limíte claramente definido entre o que é ficção, e o que é realidade. Nem mesmo impedir a comercialização de jogos violentos de entretenimento, mas provar que na realidade, aquele que comete tais atrocidades, deve, e vai pagar pelo seu erro. Não importa se foi a margem da razão sentimental, conhecido como "ausência de razão", ou por motívos de diversão, como incendiar um mendígo, ou entrar em um cinema metralhando seus ocupantes.
Pessoas que cometem tais brutalidades, devem ser expulsas do convívio social, e de modo perpétuo, respeitando-se a vida do mesmo.
Nunca devemos nos esquecer, que somos também animais, porém, de um tipo de raça perigosíssima. Além dos nossos instíntos, somos também guiados por emoçôes complexas, e de difícil compreensão.
Se deixarmos de lado a tentatíva de impedir o crescimento dessa linha errônea de raciocínio criminoso, estaremos nada mais, nada menos, que exigindo cada vez mais um sentimento de "vingânça", ao invéz do de "JUSTÍÇA".

Então, poderá ser tarde para evitar os "efeitos colaterais" pois todos nós temos um pouco de Dr Jack, e Mr Hyde, restando saber qual deles deixaremos governar.

Comentários

  1. Olá Robson.
    Você sabe que, os excessos e os desvios dos meios de comunicação social podem ser punidos sim, dentro da lei. O STF derrubou a antiga lri de imprensa de 1967, promulgada pelos militares, mas tranferiu para o código penal o poder de punir eventuais excessos. Isso na área criminal, pois na civil, não há o que acrescentar. O Código Civil prevê pesadas indenizações para acusações injustas e a difamação.
    E na área de diversões, há leis sim, em vigor. Um menor de 14 anos, por exemplo, só pode atuar numa novela, com autorização do juizado de menores.

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  2. Estou lhe mandando um trecho da ''Carta aos leitores'' da VEJA que sai hoje.
    Veja:
    A imprensa não tem lições a receber de quem não compreende esse valor universal da democracia - à esquerda ou à direita. Para justificar a supressão de jornais livres, o ditador comunista Vladimir Lênin disse que “nosso governo não aceitaria uma oposição de armas letais. Mas idéias são mais letais que armas”. Na mesma linha, o ditador fascista Benito Mussolini afirmava que “os franceses eram decadentes por culpa da sífilis e da liberdade de imprensa”.

    Que o PT não perca de vista que ambos, e suas respectivas ideologias, foram varridos da história - enquanto a imprensa livre sobreviveu aos totalitarismos que ajudou a combater.

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