MALAS BOLSAS E BOLCETAS

Nesse período de saída de ano e entrada de ano é que mais uma vez, infelizmente, ocorrem as já costumeiras catástrofes climáticas no Brasil.  Mais uma grande oportunidade em se "visitar" os desabrigados, lamentar os mortos e, porque não, fazer alguns "votinhos"!

No Espírito Santo, a presidente Dilma, como tantas outras autoridades, sobrevoam confortavelmente as vítimas desesperadas assistindo tudo de camarote e aproveitando para articular expressões de pesar e preocupação.  Sempre foi assim e parece que o "protocolo" não muda.  Pessoas morrem, perdem tudo o que conseguiram, e continuam sendo sobrevoadas pelos seus predadores.

Agora surge a ideia de um tal "Bolsa-Catástrofe", alguma coisa apenas mudada de um outro sistema que já existe em parte mas que graças ao governo e obviamente à propagandas maravilhosas, irá ser outro ícone do "progresso" desse País.  Dando certo, é criação do governo, não dando, é coisa da oposição.

Sempre fui contra e, ao contrário daquele ex-co-presidente, não mudei de pensamento quando acredito que não devemos tratar o povo com paternalismo ou maternalismo.  Assistencialismo até que vale quando não há possibilidades devido à situações de emergência e mesmo assim, de forma que seja apenas temporário.

Cada vez que vejo sendo criadas ajudas emergenciais que acorrentam os cidadãos na dependência, me entristeço.  É bolsa-família, bolsa-presidiário, enfim...tantas bolsas e bolcetas  que esses malas criam que fica difícil determinar onde termina a ajuda e onde começam a corromper.

Acredito que qualquer País, precisa mesmo é de atenção ao seu mercado comum.  Investimentos em infra-estrutura, educação, saúde e segurança.  Se nesse País, os tributos são parcos, até se pode entender, mas se são estratosféricos, para onde vão todos os recursos?

A resposta, todos sabemos.  Mas vale a pena sempre lembrar.  Esses recursos se perdem no mar de lama.
São os famosos e imortalizados "recursos-não-contabilizados".   Aqueles que sustentam as orgias palacianas. Os mesmos que alimentam aqueles imprestáveis com suas "boquinhas" nos serviços públicos de alta responsabilidade.  Os que compram autoridades.  Os que viajam a paraísos fiscais.  Ou finalmente aqueles que são perdoados quando são para alimentar a máquina de partidos.

A conta é bem simples.  Se você tem que construir uma escola que vai sair por uns 50 milhões, então é só aceitar que ela vai consumir 200 milhões e dividir os outros 150.
Se for o caso, nem é preciso construí-la, já que tem que se levar uma equação para saber o que dá mais voto.
O número de alunos beneficiados... O número de empregos gerados, ou os 150 milhões divididos para serem distribuídos aos poucos como algum bolsa-burrice por exemplo.  Distribui-se uns 10 milhões durante 4 anos e se garante uma boa votação dos "dependentes" sem-escola.
Juntando esses benefícios com aqueles outros 150 milhões desviados de outra escola (ao menos uma tem que ser feita)  e pronto.  Tem-se o dinheiro e os votos. Melhor ainda....""ninguém pode ser contra"""   !!!!  

Onde deveriam existir duas escolas, existe apenas uma. Os professores são mal remunerados, criam-se cargos para fiscalizar e também agasalhar os patriotas e estamos conversados. Quem for contra é inimigo do povo e acabou.

Mais tarde, por causa da baixa qualidade de instrução, criaremos também algumas cotas para introduzir algumas vítimas e o problema estará solucionado. Quem pode ser contra????

Enquanto essa matemática continuar em vigor, os jatinhos e helicópteros continuarão sobrevoando os desgraçados criados artificialmente para serem...desgraçados úteis.

Aqueles que devem ser sempre desgraçados, porque se algum dia deixarem de ser...a fonte seca.

O pior é ouvir dizerem que amam esses desgraçados!  Que espécie de amor é esse?????


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