ENTRE TER E SER


Costumam dizer que, só damos valor à alguma coisa ou a alguém quando perdemos. Mentira!!!! Até porque não é questão de valor, mas sim, de um sentimento de ausência. Sabemos que não teremos mais a companhia da tal pessoa, nem poderemos mais desfrutar do determinado bem. Isso é apenas um sentimento de perda.

Logo seguimos em frente, alguns mais cedo, outros, mais tarde, porém, todos de alguma forma conseguem superar.

A determinação da cronologia dos fatos se encarregam de apagar ou ao menos amenizar o problema.

Coisas são substituíveis, pessoas não. Por isso sou até meio contra aquela outra máxima que diz; "não tenho tudo o que amo, mas amo tudo que tenho", Prefiro obviamente aceitar melhor outra que diz;" Não sou tudo o que queria ser, mas amo tudo o que sou".  


Pode parecer estranho e até um pouco egoísta, no entanto, nos deixa mais para o "ser" do que o mero "ter"!

Quando perdemos alguém ou algo, significa que tínhamos alguém ou algo, mas quem pode dizer que tem alguma coisa? O que temos de verdade a não ser a nós mesmos? Já escrevi a respeito dessa tal propriedade compulsiva e a forma como ela tem atingido as mentes e as pessoas. Então, não podemos simplesmente perder aquilo que não temos.

O objeto ou a pessoa no caso, simplesmente desapareceram, deixaram de existir, não podem mais causar sentimento algum de perda, apenas uma saudade gostosa, ou triste conforme o caso de cada um.

Um exemplo que mencionei num post láa atráas, eu dizia sobre uma foto de uma de minhas filhas quando ainda era um nenêm. Onde está aquela nenêm agora?  Ora...está aí junto de você Robson....EU PERGUNTEI ONDE ESTÁ AQUELA NENÊM...

A resposta é simples...-"Ela se foi"... Não existe mais, porém, tenho uma substituta em tamanho bem maior para preencher a falta daquela nenensinha. Isso já me basta para não sentir a falta dela. ...será?

Todos as partículas, todos os átomos, todas as células daquela menininha da foto já desapareceram, se desintegraram, talvez, façam parte até de outro corpo nesse momento. O que ficou de verdade, foram as lembranças, apenas a etérea lembrança. Coisas da alma, não coisas do corpo.

Por isso também não perdemos quem amamos, elas, às pessoas, apenas deixam de se relacionar conosco durante um tempo. Sabemos disso, sentimos isso, acreditamos lá no fundo nessa esperança maravilhosa de reencontro, mas tentam nos ensinar através de "mistérios" que isso não é possível.
Insistem com tamanha intensidade que pode até transparecer mais dúvidas do que fé, que isso não pode ser.

E por que não pode? Porque não está escrito? Porque não está comprovado pela ciência? Porque não devemos questionar?

Ou será porque lá no fundo, todos nós sabemos que se um pai é eterno, não deixaria seus filhos serem limitados.

Ou será porque se a ciência não pode comprovar, também não pode negar.

Quem sabe até porque tenhamos mais afinidades em sermos do que em termos...

Alguns ainda tem de aprender...

Já outros...

...apenas...lembrar!!!!

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