PERIGOSAS PERUAS
Não sou carioca, sou paulistano, mas certas cenas apresentadas sobre farras cometidas em Paris me trouxeram lembranças desagradáveis. São cenas que hoje me fazem entender o porque de ser um pouco tímido e não procurar confusões. Cenas que me fazem compreender melhor o motivo pelo qual sempre busquei evitar certos barracos tão ao gosto da maioria das pessoas. Digo isso confirmando a audiência sempre espetaculosa em que programas populares obtém justamente explorando esse "filão"!
Eu, com meus vinte e poucos anos, testosterona sempre nivelando às orelhas, sou convidado, convidado não, sou intimado à comparecer na festa junina da empresa. Doutor Roberto foi enfático.
Nunca gostei dessa merda de festas juninas, acho um absurdo grotesco a forma como se é humilhado nas suas tristes características o povo humilde do campo. Países mais sérios, geralmente engrandecem seus trabalhadores do campo, aqui, nos divertimos lhes demonstrando as características grotescas enaltecendo justamente os pontos em que em nada lhes possa conferir alguma dignidade. Roupas rasgadas, dentes faltando, verdadeiros farrapos multicoloridos. Mas tem gente que se diverte fazer o que...! Nas poucas vezes em que frequentei, fui mais por causa das "meninas" que sempre dava um jeito de tirar logo daquele lugar.
Mas voltando às lembranças, uma daquelas deprimentes "peruas" que acompanhavam aqueles saudáveis e bem nutridos cavalheiros públicos e privados, ou tudo isso junto numa quase formação quadrilheira festiva, me lembrou a "mulher do Dr Roberto". Pessoa de índole insuportável, daquelas que jamais se deixariam qualificar como simples perua, no máximo uma "van" embora possa ser uma "besta" mesmo!
Nem me lembro mais o nome da nobre "vampira", só me lembro de estar lá totalmente contrariado, cansado, e como sempre, excessivamente nervoso. Enquanto carregava algumas caixas de cerveja, fui avistado pela "van" que prontamente me solicitou com aquela educação humilde das senhoras de engenho, que fosse lhe buscar o botijão de gás que estava em seu carro. Sem me dar tempo de argumentar que estava ocupado foi logo jogando às chaves em cima do engradado que carregava. Bem...a temperatura de meu corpo naquele instante em que as outras peruas riam, provavelmente deve ter descongelado todas aquelas garrafas esbranquiçadas.
Fui lá embaixo, um local mais seguro para os carros "melhores", porém bem mais longe buscar o tal botijão.
Peguei o maldito, e subi com ele nas costas imaginando entregá-lo no colo da distinta pessoa que me solicitou sua busca.
Mas Doutor Roberto me interceptou antes, e me indicou a barraquinha para onde deveria levá-lo. Feito isso, me senti na liberdade de deixar os outros engradados ao "deus dará" e tentar me divertir um pouco para esquecer aquela merda toda.
Como não estava caracterizado, apesar da insistência da "chefia" fui liberado e não participei da "quadrilha" graças a Deus!
Fiquei lá com os amigos e os "quentões".
Já depois de algumas horas, e eu já com uma bonita companhia para retornar para casa, fui chamado para recolher alguns outros engradados vazios. Foi durante um desses "transportes" que topei com aquela figura insuportável e provavelmente já à meio caminho de um "delirium tremens" que interrompeu o meu caminho subitamente dizendo bem alto...AHHH MAS VOCÊ É BEM LADRÃOSINHO NÉ???
Eu, sem entender direito, perguntei...O QUEEE???
Ela continuou....- Te mandei pegar o botijão aquela hora e você aproveitou e roubou a garrafa de whisky que estava no carro!!!!
Realmente, eu havia visto uma garrafa no canto do porta-malas, mas nem sequer vi do que era, se era whisky, vodka, cachaça!!!! Mas quase chorei por aquela maldita perua não ser um cara.
Foi quando eu "SUTILMENTE" larguei aquele engradado no chão e "sussurrei" para o Dr Roberto que estava a uns 10 metros dali!!!
PORRA ROBERTO!!! TUA MULHER TÁ BÊBADA AQUI, E FALANDO MERDA CARA!!!
Agora eu teria quem sabe, um substituto de gênero
Dr Roberto veio imediatamente e disse para ela que havia ele mesmo pego e entregado a um amigo, dessa forma, a digníssima senhora se retirou para o grupo de amigas enquanto Dr Roberto voltou para mim se desculpando.
Achei louvável suas desculpas. Me desculpei também, e fui para casa. Até esqueci de pegar a tal companhia. Fui mesmo para os bares da vida!!
Quando olho para aqueles e aquelas excelências se comportando daquela forma e imaginando quem estaria realmente custeando toda aquela farra, me volta à memória.
...não dá pra controlar...não dá!!!!
Eu, com meus vinte e poucos anos, testosterona sempre nivelando às orelhas, sou convidado, convidado não, sou intimado à comparecer na festa junina da empresa. Doutor Roberto foi enfático.
Nunca gostei dessa merda de festas juninas, acho um absurdo grotesco a forma como se é humilhado nas suas tristes características o povo humilde do campo. Países mais sérios, geralmente engrandecem seus trabalhadores do campo, aqui, nos divertimos lhes demonstrando as características grotescas enaltecendo justamente os pontos em que em nada lhes possa conferir alguma dignidade. Roupas rasgadas, dentes faltando, verdadeiros farrapos multicoloridos. Mas tem gente que se diverte fazer o que...! Nas poucas vezes em que frequentei, fui mais por causa das "meninas" que sempre dava um jeito de tirar logo daquele lugar.
Mas voltando às lembranças, uma daquelas deprimentes "peruas" que acompanhavam aqueles saudáveis e bem nutridos cavalheiros públicos e privados, ou tudo isso junto numa quase formação quadrilheira festiva, me lembrou a "mulher do Dr Roberto". Pessoa de índole insuportável, daquelas que jamais se deixariam qualificar como simples perua, no máximo uma "van" embora possa ser uma "besta" mesmo!
Nem me lembro mais o nome da nobre "vampira", só me lembro de estar lá totalmente contrariado, cansado, e como sempre, excessivamente nervoso. Enquanto carregava algumas caixas de cerveja, fui avistado pela "van" que prontamente me solicitou com aquela educação humilde das senhoras de engenho, que fosse lhe buscar o botijão de gás que estava em seu carro. Sem me dar tempo de argumentar que estava ocupado foi logo jogando às chaves em cima do engradado que carregava. Bem...a temperatura de meu corpo naquele instante em que as outras peruas riam, provavelmente deve ter descongelado todas aquelas garrafas esbranquiçadas.
Fui lá embaixo, um local mais seguro para os carros "melhores", porém bem mais longe buscar o tal botijão.
Peguei o maldito, e subi com ele nas costas imaginando entregá-lo no colo da distinta pessoa que me solicitou sua busca.
Mas Doutor Roberto me interceptou antes, e me indicou a barraquinha para onde deveria levá-lo. Feito isso, me senti na liberdade de deixar os outros engradados ao "deus dará" e tentar me divertir um pouco para esquecer aquela merda toda.
Como não estava caracterizado, apesar da insistência da "chefia" fui liberado e não participei da "quadrilha" graças a Deus!
Fiquei lá com os amigos e os "quentões".
Já depois de algumas horas, e eu já com uma bonita companhia para retornar para casa, fui chamado para recolher alguns outros engradados vazios. Foi durante um desses "transportes" que topei com aquela figura insuportável e provavelmente já à meio caminho de um "delirium tremens" que interrompeu o meu caminho subitamente dizendo bem alto...AHHH MAS VOCÊ É BEM LADRÃOSINHO NÉ???
Eu, sem entender direito, perguntei...O QUEEE???
Ela continuou....- Te mandei pegar o botijão aquela hora e você aproveitou e roubou a garrafa de whisky que estava no carro!!!!
Realmente, eu havia visto uma garrafa no canto do porta-malas, mas nem sequer vi do que era, se era whisky, vodka, cachaça!!!! Mas quase chorei por aquela maldita perua não ser um cara.
Foi quando eu "SUTILMENTE" larguei aquele engradado no chão e "sussurrei" para o Dr Roberto que estava a uns 10 metros dali!!!
PORRA ROBERTO!!! TUA MULHER TÁ BÊBADA AQUI, E FALANDO MERDA CARA!!!
Agora eu teria quem sabe, um substituto de gênero
Dr Roberto veio imediatamente e disse para ela que havia ele mesmo pego e entregado a um amigo, dessa forma, a digníssima senhora se retirou para o grupo de amigas enquanto Dr Roberto voltou para mim se desculpando.
Achei louvável suas desculpas. Me desculpei também, e fui para casa. Até esqueci de pegar a tal companhia. Fui mesmo para os bares da vida!!
Quando olho para aqueles e aquelas excelências se comportando daquela forma e imaginando quem estaria realmente custeando toda aquela farra, me volta à memória.
...não dá pra controlar...não dá!!!!
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