TIJOLO ECOLÓGICO: COMO CONSTRUIR. PARTE 1
A princípio, o sistema modular de construção ao qual o tijolo ecológico se propõe, permite que se utilize um alicerce menos robusto em virtude de diminuir em muito o peso da obra por metro quadrado de parede. Isso torna logo de início um barateamento no custo da mesma, porém, é necessária uma análise de solo e um cálculo efetuado por um engenheiro estrutural, o que obviamente encareceria caso não sejam feitas várias obras no mesmo terreno. Isso é muito útil para empreendimentos onde se constroem várias casas, mas não para apenas uma única obra.
Então, se o caso for de uma única obra, esqueça essa economia, e peque por exagero mesmo que é melhor!
Depois de pronto o alicerce e o baldrame que deve possuir medidas que sejam múltiplas de acordo com a dimensão da metade do tijolo acrescida de 2mm de espaço de dilatação, devemos então assentar os tijolos da primeira fiada em toda a extensão das paredes, incluindo os espaços e vãos como portas, isso vai facilitar o trabalho do nivelamento dos batentes.
Terminado o assentamento dessa primeira fiada, que deve ser feita com massa comum, procedemos então com as respectivas “pinagens” dos ferros da estrutura.
Com uma furadeira, executamos todos os furos nos pontos onde serão necessárias as futuras colunas da obra. Precisamos perfurar no mínimo, uns 4 cm de profundidade, quanto mais melhor.
Em seguida introduzimos os ferros nos furos, e selamos com um produto adequado para pinagens de ferros em concreto. Preenchemos o resto com concreto dentro do próprio buraco do tijolo, e pronto. Todos os ferros das colunas estarão assim já presos e concretados. Importante salientar que os ferros tenham uma altura em que seja possível alcançá-los para poder encaixar os ferros nos buracos.
Esse procedimento também ajuda muito na “centralização” das barras nos furos do mesmo.
Existem colunas de cantos de paredes, de linha, e de guarnições de portas e janelas.
Nas dos cantos, serão sempre três, e ainda interligadas a cada meio metro de altura por um grampo que consiste em um ferro dobrado em “U” para travar uma coluna à outra.
Colunas de linhas serão distribuídas ao longo das paredes segundo alguns critérios.
Numa casa térrea, as colunas de linha terão um espaçamento de 1 metro, já as casas com mais um pavimento, terão 80 cm na parte inferior, e 1 M na parte superior. Já com três pavimentos, 60 cm no térreo, 80 cm no intermediário, e 1 metro no superior. Dessa forma teremos mais colunas em baixo e menos colunas a cada pavimento.
Definido então esse fato, começamos a erguer as paredes. É interessante que se faça o contra-piso antes para que a obra seja mais organizada. Nesse caso, devemos sempre atentar para a parte hidráulica já estar toda instalada no subsolo.
Erguemos então as “igrejinhas” nos cantos das paredes para facilitar a colocação das linhas de nível.
Importante! Antes de iniciar todos esses procedimentos, é imperativo que já saibamos onde serão feitas as instalações elétricas e hidráulicas de toda a obra.
Para o assentamento dos tijolos existem muitas dúvidas. Alguns usam somente cola branca a base de PVA, outros já utilizam um filete de massa que pode ser feito com solo-cimento-cola, já outros não usam nada, e apenas encaixam os tijolos como num brinquedo de montar.
Então vou passar umas dicas.
Primeira: Todo material sofre dilatação e retração de acordo com a temperatura, e por isso o tijolo não pode ficar preso ou travado na parede. Para isso é feita a junta de dilatação de 2 mm dita anteriormente. Esses espaços não têm necessariamente que ter os milímetros indicados, são apenas uma média para se ter um pouco de margem de manobra na distribuição das paredes, o que importa, é que os tijolos não fiquem travados.
Se usar-mos massa de assentamento muito rígida, simplesmente inutilizamos todo o trabalho das juntas de dilatação já que os tijolos ficaram travados do mesmo jeito, só que na massa.
Uma massa bem fraca elimina esse problema. O tijolo irá dilatar e a massa irá ceder, não causando nenhum problema.
Uma boa massa pode ser feita com traço de 12 X 1 X 1, ou seja. 12 partes de solo, 1 parte de cimento, e 1 parte de cola. Misturamos tudo acrescentando aos poucos água, até que fique uma massa nem muito aguada, nem muito rígida, algo com a textura de uma pasta dental. Aplica-se essa massa com uma bisnaga de bico de saída da espessura de um lápis em dois cordões paralelos aos furos em toda a extensão linear das paredes, e ajustam-se os tijolos sobre ela com a ajuda de um pequeno martelo de borracha.
No caso da cola, esta simplesmente não possui corpo. Será o mesmo que não utilizar nada. Serve apenas para que os tijolos depois de assentados não possam sair do lugar por causa de esbarrões ou o próprio vento.
Dificulta um pouco o nivelamento, já que não existem tijolos exatamente ou milimetricamente sem desnível.
Pode sim ser usada somente a cola, mas a parede depois terá que ser rebocada, pois qualquer desnível por diferença de tamanho, ou mesmo alguma sujeira, poderá fazer com que aquele tijolo que se apoiar no desnível se rompa numa pequena fissura que em nada vai prejudicar a obra na estrutura, porém, o visual será desagradável. Além do provável “efeito dominó” que irá romper todos os tijolos acima.
Não utilizar nenhuma massa também é possível, mas seguindo o mesmo exemplo de se utilizar somente a cola, como descrevi acima. Terá que ser uma parede rebocada.
(...)
Irei continuar a descrever num próximo post a continuação desde processo.
Para aqueles que tiverem alguma dúvida, podem escrever aqui, ou no meu e-mail com o título do assunto TIJOLO ECOLÓGICO que terei um grande prazer em poder ajudar.
nosbornar@ig.com.br
...somente naquilo que eu souber, afinal, ninguém sabe tudo não é mesmo?
Então, se o caso for de uma única obra, esqueça essa economia, e peque por exagero mesmo que é melhor!
Depois de pronto o alicerce e o baldrame que deve possuir medidas que sejam múltiplas de acordo com a dimensão da metade do tijolo acrescida de 2mm de espaço de dilatação, devemos então assentar os tijolos da primeira fiada em toda a extensão das paredes, incluindo os espaços e vãos como portas, isso vai facilitar o trabalho do nivelamento dos batentes.
Terminado o assentamento dessa primeira fiada, que deve ser feita com massa comum, procedemos então com as respectivas “pinagens” dos ferros da estrutura.
Com uma furadeira, executamos todos os furos nos pontos onde serão necessárias as futuras colunas da obra. Precisamos perfurar no mínimo, uns 4 cm de profundidade, quanto mais melhor.
Em seguida introduzimos os ferros nos furos, e selamos com um produto adequado para pinagens de ferros em concreto. Preenchemos o resto com concreto dentro do próprio buraco do tijolo, e pronto. Todos os ferros das colunas estarão assim já presos e concretados. Importante salientar que os ferros tenham uma altura em que seja possível alcançá-los para poder encaixar os ferros nos buracos.
Esse procedimento também ajuda muito na “centralização” das barras nos furos do mesmo.
Existem colunas de cantos de paredes, de linha, e de guarnições de portas e janelas.
Nas dos cantos, serão sempre três, e ainda interligadas a cada meio metro de altura por um grampo que consiste em um ferro dobrado em “U” para travar uma coluna à outra.
Colunas de linhas serão distribuídas ao longo das paredes segundo alguns critérios.
Numa casa térrea, as colunas de linha terão um espaçamento de 1 metro, já as casas com mais um pavimento, terão 80 cm na parte inferior, e 1 M na parte superior. Já com três pavimentos, 60 cm no térreo, 80 cm no intermediário, e 1 metro no superior. Dessa forma teremos mais colunas em baixo e menos colunas a cada pavimento.
Definido então esse fato, começamos a erguer as paredes. É interessante que se faça o contra-piso antes para que a obra seja mais organizada. Nesse caso, devemos sempre atentar para a parte hidráulica já estar toda instalada no subsolo.
Erguemos então as “igrejinhas” nos cantos das paredes para facilitar a colocação das linhas de nível.
Importante! Antes de iniciar todos esses procedimentos, é imperativo que já saibamos onde serão feitas as instalações elétricas e hidráulicas de toda a obra.
Para o assentamento dos tijolos existem muitas dúvidas. Alguns usam somente cola branca a base de PVA, outros já utilizam um filete de massa que pode ser feito com solo-cimento-cola, já outros não usam nada, e apenas encaixam os tijolos como num brinquedo de montar.
Então vou passar umas dicas.
Primeira: Todo material sofre dilatação e retração de acordo com a temperatura, e por isso o tijolo não pode ficar preso ou travado na parede. Para isso é feita a junta de dilatação de 2 mm dita anteriormente. Esses espaços não têm necessariamente que ter os milímetros indicados, são apenas uma média para se ter um pouco de margem de manobra na distribuição das paredes, o que importa, é que os tijolos não fiquem travados.
Se usar-mos massa de assentamento muito rígida, simplesmente inutilizamos todo o trabalho das juntas de dilatação já que os tijolos ficaram travados do mesmo jeito, só que na massa.
Uma massa bem fraca elimina esse problema. O tijolo irá dilatar e a massa irá ceder, não causando nenhum problema.
Uma boa massa pode ser feita com traço de 12 X 1 X 1, ou seja. 12 partes de solo, 1 parte de cimento, e 1 parte de cola. Misturamos tudo acrescentando aos poucos água, até que fique uma massa nem muito aguada, nem muito rígida, algo com a textura de uma pasta dental. Aplica-se essa massa com uma bisnaga de bico de saída da espessura de um lápis em dois cordões paralelos aos furos em toda a extensão linear das paredes, e ajustam-se os tijolos sobre ela com a ajuda de um pequeno martelo de borracha.
No caso da cola, esta simplesmente não possui corpo. Será o mesmo que não utilizar nada. Serve apenas para que os tijolos depois de assentados não possam sair do lugar por causa de esbarrões ou o próprio vento.
Dificulta um pouco o nivelamento, já que não existem tijolos exatamente ou milimetricamente sem desnível.
Pode sim ser usada somente a cola, mas a parede depois terá que ser rebocada, pois qualquer desnível por diferença de tamanho, ou mesmo alguma sujeira, poderá fazer com que aquele tijolo que se apoiar no desnível se rompa numa pequena fissura que em nada vai prejudicar a obra na estrutura, porém, o visual será desagradável. Além do provável “efeito dominó” que irá romper todos os tijolos acima.
Não utilizar nenhuma massa também é possível, mas seguindo o mesmo exemplo de se utilizar somente a cola, como descrevi acima. Terá que ser uma parede rebocada.
(...)
Irei continuar a descrever num próximo post a continuação desde processo.
Para aqueles que tiverem alguma dúvida, podem escrever aqui, ou no meu e-mail com o título do assunto TIJOLO ECOLÓGICO que terei um grande prazer em poder ajudar.
nosbornar@ig.com.br
...somente naquilo que eu souber, afinal, ninguém sabe tudo não é mesmo?
ola gostaria de informações mais detalhadas sobre fundações realizadas para tijolos solo cimente, medidas exatas para instalações eletricas e hidraulicas nas fundações.
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