FAZENDEIROS DO MAL

Uma das características mais comuns em ditaduras é, sem dúvida, a tal "melhora" nas condições de vida da população.  Podem pesquisar;  Em praticamente todas, sempre há uma espécie de "resgate" adquirido. Foi assim na Alemanha Nazista, na Itália Fascista, na Rússia e na China  Comunistas.  Tanto as ditaduras de esquerda como as de direita, por assim dizer, experimentaram tais "melhoras" que por si só, justificaram então a introdução do controle absoluto do Estado na vida de seus cidadãos.

Uma ditadura não precisa ter necessariamente um ditador. Um ser absoluto, embora no final das contas, sempre há um desses indivíduos articulando nos submundos.  Basta um partido, um grupo de pessoas controlando, o que , na verdade, deveriam ser muitos discutindo e negociando como deve ser em qualquer democracia. Uma ditadura moderna pode vir acompanhada sim, de um Congresso, um Judiciário, enfim, de instituições tidas como democráticas apenas no papel institucional, porém, controladas por indivíduos "aparelhados" a tal função.

Tudo é feito com "método".  Tudo é gradativo, conseguido na surdina passo a passo, para dessa forma, ganhar ares de credibilidade e honestidade. Começo a enxergar isso no Brasil. Começo a perceber que não existe só um projeto de poder no que deveria ser um projeto de governo. Governar está deixando de ser o objetivo para dar lugar ao absolutismo.

Não é uma questão aqui de ser contra ou a favor de determinadas causas, ou ideologias, mas sim, de ser contra o controle do cidadão comum. Aquele que vive, trabalha, paga seus impostos e, fazendo a sua parte, também exige que os outros, os governantes, façam as suas. Nada mais natural!
Mas dá pra se observar claramente os mecanismos de controle que estão sendo tecidos por fazendeiros do mal aproveitando-se de aspectos ainda positivos para semear em solo sempre irrigado pela propaganda dirigida.

Começo a notar que; apoiando-se em pseudo-intenções sempre humanistas ou progressistas, para justificar atos ou ações ditas de vanguarda, conseguem galgar mais um degrau a cada instante. Degraus perigosos que na verdade não sobem, mas sim, descem à escuridão do submundo da escravidão de pensamentos.

Os arrebatamentos de manadas estão sendo postos em prática.  Primeiro, todas as divisões mais fracas e mais suscetíveis á contornos facilmente apreciáveis, foram convencidas. Não representam problemas já que seu encantamento é muito fácil de obter e controlar. Passa-se então para a segunda frente. Essa segunda frente é um pouco mais difícil, pois também quer fatias importantes do butim. Seguem-se negociações que ora caminham na lei, ora à margem dela. Muitas vezes ultrapassam as margens legais para adentrar no reduto criminal como assistimos recentemente. Mas o objetivo é um só.  Criar uma ditadura plena, geral, e irrestrita!

Órgãos importantes do governo estão sendo, ou já estão completamente "aparelhados"  estrategicamente!
ONG's, sindicatos, movimentos sociais, fóruns, enfim, tudo vai sendo gradativamente dominado por intenções humanistas, progressistas, àquelas que são muito difíceis de se opor pelo fato de serem por si só...humanistas no rótulo mas não no conteúdo.

Mas ainda falta uma divisão!  Falta um obstáculo para que se possa seguir sem percalços rumo ao absolutismo. À degradação do pensamento. À castração de idéias. À mais pura e simples opinião própria.

Essa divisão, é conhecida e rotulada como Imprensa Golpista.  É nada mais nada menos que alguns setores da imprensa que, por alguma razão, não foi comprada.  É certo que essa imprensa tomou o trabalho que deveria ser da oposição no Brasil. Concordo que é partidarizada, mas ainda assim, têm liberdade de escolhas. Ainda assim, consegue caminhar com certa desenvoltura e é somente limitada pelos amparos já existentes em leis. Constantemente demonizada pelos adversários que agora estão se tornando inimigos declarados. Não há adversários em ditaduras, somente inimigos.  Adversários são vencidos legitimamente, já inimigos tem que ser eliminados.

Esse "ensaio" de movimento popular induzido por um órgão internacional chamado "Avaaz.", coletou 1.6 milhões de assinaturas num manifesto popular para protestar contra a permanência de Renan Calheiros à frente da Presidência do Senado. Fui um dos que assinaram o manifesto. Mas vejo, ou pelo menos me sinto manipulado nesse sentido. Não que a causa não merecesse, mas por me sentir parte de um ensaio.

Assim como Hitler utilizou os campos espanhóis para "ensaiar" seus passos durante a guerra civil que mergulhou aquele Pais num banho de sangue para depois transportá-la aos demais campos europeus na década de 30 do século passado, eu sinto que meu ato junto aos outros, serviram apenas e tão somente para "ensaiar" mais esse passo no sentido de criar um movimento nesse rumo para manipular as massas já hipnotizadas pelo pretenso sucesso da manobra e assim, poder, digamos, criar mecanismos  embalados em maravilhoso embrulho mas de conteúdo nefasto para uma democracia.

A tal "regulação da mídia"!   Dizem que todos os países democráticos as tem.  Iludem, porém, não explicam tanta aplicação, tanta vontade ferrenha, tanta abnegação e possessão em perseguir esse objetivo.
A finalidade seria tão somente uma regulamentação pura e simples?  Ou na verdade esse aspecto de aparência correta não esconde uma grossa censura?  Algo que já nasce com intenções de sair do controle proposto para adentrar nos aspectos medonhos inexplicáveis posteriormente?

Afinal de contas, opiniões são venais. O problema tem sido o preço. Alguns aceitam dinheiro, outros aceitam cargos, outros então bondades expressivas no exato tanto que não molestem demasiadamente suas consciências. Embora todos levantem o pavilhão da independência, nenhum pode se vangloriar desse fato.

Acho que já passou da hora do cidadão, também conhecido pelo nome de "povo" porque no coletivo é mais fácil manipular , começar à prestar mais atenção ao "fazendeiro" .

O truque revestido de aura benéfica que tentou resgatar um erro grosseiro não tinha enfim, uma intenção de fazê-lo como ficou demonstrado. Mas de produzir um ensaio, um teste para aspirações até certo ponto criminosas em suas intenções, por aqueles que irão repetir o "procedimento" em vistas de CALAR a oposição que realmente FAZ oposição neste País.

Estamos repetindo outra história Orweliniana.  Estamos deixando os "fazendeiros" atuais, dominarem cada passo, cada mente, cada obstáculo em prol de substâncias químicas de prazer efêmero, também conhecidas pelo nome popular de droga!  Essa substância que já tomou o cérebro e o degenerou, ameaça agora outros órgão vitais do organismo social e institucional sob o aspecto pretensamente benéfico ao corpo.
A doença que virá depois, será de difícil tratamento. Como temos presenciado em toda a história da humanidade.

Sou contra a censura, sou contra a regulação da mídia. Serei sempre contra qualquer aspecto que ultrapasse a ilegalidade.  Mesmo que venha revestida de um lindo embrulho enfeitado de conceitos humanistas. Coisa que na verdade, são apenas objeto de método para alcançar um fim.




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