O QUE A DIGNIDADE ACEITA??????
Até hoje tenho vísto algumas pessoas com uma carga negatíva de complexo e medo como todo mundo.
Tenho que reconhecer o quanto estava errado, e a forma também errada que enxergava determinadas pessoas.
Estou falando dos "egressos" têrmo que aprendí recentemente, e que se refere as pessoas que cumpriram pena, e tentam agora uma segunda chance.
Estou contratando esses indivíduos, e a princípio, o que mais me chama a atenção, são justamente suas narratívas sobre como são tratados depois de já cumprírem seus castígos impostos pela sociedade.
Essa mesma sociedade que NÃO PERDÔA jamais.
Vejo o sofrimento que é um ser ter que literalmente recomeçar "abaixo do zero", e encontrar forças de algum jeito para se superar, superar os outros, e recuperar a auto-estíma.
Muitos chegam a mim somente com os recursos DA ÍDA.
Saem dos complexos apenas com uma muda de roupa, muita bagagem de sofrimento, mas acima de tudo esperânça de não mais ser obrigado a retornar.
Infelizmente poucos conseguem. O "carímbo" dramático que carregam incrustádo em suas almas, e fichas, os irá perseguir senão pelo resto da vida, por um tempo considerável.
Irá exigir paciência, dedicação, empenho, coragem, e determinação, em realmente recomeçar.
Isso é quase que impossível para muitos de nós, imaginem para essas criaturas arrependídas e com tantos "apêlos" de retorno ao críme.
A felicidade que tenho esperimentado em SER A DIFERÊNÇA para muitos deles, já me paga com juros e correção o pouco que esperei nessa minha existência.
Certa vez debatendo com um amigo no "Balaio do Kotscho" eu "criei" expontaneamente uma frase.
..."um homem pode até aceitar a idéia de sucumbir em solo estéril, mas jamais irá aceitar o mesmo, em solo fértil."
Hoje, enquanto conversava com um membro da Cooperatíva voltada para esse assunto dos egressos, e me preparava para uma entrevísta no jornal local, citei essa frase, que eles acharam muito boa.
Cerca de 80% retornam ao crime, pois não aceitam o fato de estarem praticamente famintos em solo fértil, e ainda cultivam o ódio por aqueles que lhes imputaram mais essa penalidade.
Essa é a razão principal da existência desses "dois mundos".
O nosso mundo, e o mundo deles.
Outra tese que defendía, e ainda defendo, é que durante os conflítos, ou guerras, os verdadeiros guerreiros corajosos, se encontram justamente naqueles que em tempos de paz, se tornam desnecessários, e até estigmatizados por todas as pessoas dessa sociedade.
Não exístem só bandidos pedreiros não. Eu conhecí um senhor que é, ou foi jornalísta. Outro foi cozinheiro, e se for procurar, devo achar de tudo.
Mas agora, tem que se contentar, e dar graças a Deus, com um cargo de pedreiro, faxineiro, ou outra função que apesar de honrada, não está a altura de seus conhecimentos.
Nunca pergunto "o que fizeram". Prefiro deixar que me contem, e se quiserem, afinal, já pagaram por seus erros. Saber qualquer coisa, pode me trazer sentimentos ruíns, que não irão acrescentar nada de bom ao caso.
Acho que as pessoas não olham muito para esse lado. Preferem algo mais ostensívo, ou mais garboso como ajudar crianças, ou idosos, ou simplesmente os miseráveis.
Não que isso seja errado. De forma alguma. Toda obra deve ser enaltecída.
Mas acho que esquecemos de olhar para esses ex-habitantes dos "depósitos humanos" em que se tornou o nosso sistema penal.
É mais fácil assim. Jogar lá e esquecer. Fodam-se!
O poder público que se encarregue de mandá-los para longe de mim. De preferência sem nunca mais voltarem.
Não sei...Tem horas que me pergunto se ainda sou humano.
Robson
Tenho que reconhecer o quanto estava errado, e a forma também errada que enxergava determinadas pessoas.
Estou falando dos "egressos" têrmo que aprendí recentemente, e que se refere as pessoas que cumpriram pena, e tentam agora uma segunda chance.
Estou contratando esses indivíduos, e a princípio, o que mais me chama a atenção, são justamente suas narratívas sobre como são tratados depois de já cumprírem seus castígos impostos pela sociedade.
Essa mesma sociedade que NÃO PERDÔA jamais.
Vejo o sofrimento que é um ser ter que literalmente recomeçar "abaixo do zero", e encontrar forças de algum jeito para se superar, superar os outros, e recuperar a auto-estíma.
Muitos chegam a mim somente com os recursos DA ÍDA.
Saem dos complexos apenas com uma muda de roupa, muita bagagem de sofrimento, mas acima de tudo esperânça de não mais ser obrigado a retornar.
Infelizmente poucos conseguem. O "carímbo" dramático que carregam incrustádo em suas almas, e fichas, os irá perseguir senão pelo resto da vida, por um tempo considerável.
Irá exigir paciência, dedicação, empenho, coragem, e determinação, em realmente recomeçar.
Isso é quase que impossível para muitos de nós, imaginem para essas criaturas arrependídas e com tantos "apêlos" de retorno ao críme.
A felicidade que tenho esperimentado em SER A DIFERÊNÇA para muitos deles, já me paga com juros e correção o pouco que esperei nessa minha existência.
Certa vez debatendo com um amigo no "Balaio do Kotscho" eu "criei" expontaneamente uma frase.
..."um homem pode até aceitar a idéia de sucumbir em solo estéril, mas jamais irá aceitar o mesmo, em solo fértil."
Hoje, enquanto conversava com um membro da Cooperatíva voltada para esse assunto dos egressos, e me preparava para uma entrevísta no jornal local, citei essa frase, que eles acharam muito boa.
Cerca de 80% retornam ao crime, pois não aceitam o fato de estarem praticamente famintos em solo fértil, e ainda cultivam o ódio por aqueles que lhes imputaram mais essa penalidade.
Essa é a razão principal da existência desses "dois mundos".
O nosso mundo, e o mundo deles.
Outra tese que defendía, e ainda defendo, é que durante os conflítos, ou guerras, os verdadeiros guerreiros corajosos, se encontram justamente naqueles que em tempos de paz, se tornam desnecessários, e até estigmatizados por todas as pessoas dessa sociedade.
Não exístem só bandidos pedreiros não. Eu conhecí um senhor que é, ou foi jornalísta. Outro foi cozinheiro, e se for procurar, devo achar de tudo.
Mas agora, tem que se contentar, e dar graças a Deus, com um cargo de pedreiro, faxineiro, ou outra função que apesar de honrada, não está a altura de seus conhecimentos.
Nunca pergunto "o que fizeram". Prefiro deixar que me contem, e se quiserem, afinal, já pagaram por seus erros. Saber qualquer coisa, pode me trazer sentimentos ruíns, que não irão acrescentar nada de bom ao caso.
Acho que as pessoas não olham muito para esse lado. Preferem algo mais ostensívo, ou mais garboso como ajudar crianças, ou idosos, ou simplesmente os miseráveis.
Não que isso seja errado. De forma alguma. Toda obra deve ser enaltecída.
Mas acho que esquecemos de olhar para esses ex-habitantes dos "depósitos humanos" em que se tornou o nosso sistema penal.
É mais fácil assim. Jogar lá e esquecer. Fodam-se!
O poder público que se encarregue de mandá-los para longe de mim. De preferência sem nunca mais voltarem.
Não sei...Tem horas que me pergunto se ainda sou humano.
Robson
Você, Robsonzito, é um criança! Já te disse isso em outras ocasiões... porque você carrega um sentimento de justiça tão puro, um senso de honestidade e de simplicidade tão naturais, que só vemos mesmo nas crianças. E é por isso que você se machuca tanto com as aberrações da humanidade, pois não compreende como o mundo pode agir como age quando é tão mais simples ser correto, ser justo, fazer tudo certinho e viver em paz.
ResponderExcluirEu admiro muito isso em você, e ainda bem que existem pessoas assim. Se não fosse pela teimosia de mentes-crianças como a sua, o mundo já teria se perdido totalmente. Enquanto houver tipos como você, estará acesa a chama da esperança nessa caminhada por um mundo melhor feito por pessoas melhores.
Obrigado pelas palavras Alíz!
ResponderExcluirCerta vez, eu escreví no boteco de quando voltei lá atrás, e busquei aquele "menino" lembra?
Tá postado lá, ( eu acho).
Talvez seja por isso que não consigo criticar pessoas como o Michael Jackson, ou o Peter Pan rsrsrs.
Mas eu vejo o mesmo em voce.
Só que a maioría das pessoas "esconde" esse lado. Talvez por auto-proteção, não sei!
Não sôfro por isso, pois o efeito colateral de viver assim, é somente ver o mundo de outra forma. E te digo que é de uma forma mais realísta.
Parece conflitante isso né?
Mas talvez a resposta melhor esteja na letra, e no final de uma certa música de um certo John.
..."voces podem imaginar que eu seja um sonhador...mas não sou o "único".
Beijos minha querída.