ANGUSTIA CREPUSCULAR
Não adianta! Sempre que vem esse momento do dia, lá está ela me esperando. Isso principalmente no domingo à tarde. Quando o horizonte começa a apagar os suaves rastros do sol, começa aquela angústia inexplicável. Dura pouco tempo, acho que o tempo exato do tal crepúsculo. Totalmente diferente do crepúsculo matutino, que exibe um frescôr mesmo nos períodos mais quentes. Pensei que existíam poucas pessoas assim, mas não... existem muitas! É um momento de fragilidade espiritual, talvez explicado pela hora da tal Ave Maria, ou então, um espaço para reflexões. Alguma coisa acontece no corpo nesse período tão curto, e ao mesmo tempo tão pesado no peito. Agora são 18:45, e pela janela vejo o tom azulado pra escuro com uma leve chuva tiquetaqueando no telhado. Acho que é minha pior hora...não...acho não...É a minha pior hora. Talvez muitos nem notem, ou estejam tão absôrtos em alguma atividade, que possam escapar desse inferno opressívo que invade a alma. Não vejo a hora de olhar pa